Olá! Hoje trago-vos uma opinião de um dos meus livros favoritos deste ano, sem dúvida alguma. Este livro estava sempre a chamar por mim e quando não podia pegar nele, estava a pensar nele, por isso posso afirmar com toda a certeza que me conquistou completamente e de todas as formas possíveis.
Título: Tudo, tudo..e nósAutora: Nicola Yoon
Editora: Editorial Presença
Edição/reimpressão: 2016
ISBN: 9789722358583
Páginas: 320
Sinopse: "Madeline Whittier observa o mundo pela janela. Tem uma doença rara que a impede de sair de casa. Apesar disso, Maddy leva uma vida tranquila na companhia da mãe e da sua enfermeira - até ao dia em que Olly, um rapaz vestido de preto, se muda para a casa ao lado e os seus olhares se cruzam pela primeira vez. De repente, torna-se impossível para Maddy voltar à velha rotina e ignorar o fascínio do exterior - mesmo que isso ponha a sua vida em risco. Nicola Yoon escreveu um livro comovente com uma mensagem para leitores de todas as idades."
Opinião: É difícil falar sobre este livro quando, uma semana depois de o ter terminado ainda estava sem encontrar as palavras certas para falar sobre ele, contudo de uma coisa eu tenho a certeza: adorei e foi tão bom ou melhor do que aquilo que eu esperava. Possivelmente melhor, muito melhor!
Este livro conta-nos a história de Madeline, uma jovem de 18 anos, que sempre viveu em casa devido à sua doença que a impede de vir à rua. Imaginem só o que é uma rapariga desta idade nunca ter conhecido o mundo além das quatro paredes da sua casa? Parece-me algo difícil e não consigo sequer imaginar tal coisa.
A vida de Madeline está estudada e idealizada passo a passo pela mãe que faz os possíveis para manter sempre a mesma rotina na vida da filha. Todos os dias vai lá a casa uma enfermeira, Carla, para acompanhar Madeline na ausência da sua mãe, os serões da jovem são ocupados a jogar com a mãe ou a fazer sessões de cinema com esta, tem aulas à distância e tirando isto pouco mais acontece na vida da jovem.
Tudo isto muda, ou melhor dizendo começa a dar sinais de rutura, quando a casa ao lado é habitada por uma família um com alguns problemas que é constituída por dois filhos, Karen e Oliver, e os respetivos pais. E é no momento em que Maddy vê pela primeira vez Oliver e vice-versa que o seu mundo se vira de cabeça para o ar com aquele rapaz misterioso sempre vestido de preto. Começa a ter interesse na sua rotina e na vida que leva e depressa se apercebe que esta é mais complicada do que parece à primeira vista.
Não vou falar sobre a forma como começam a falar realmente um com o outro porque tudo isso faz parte da beleza de ler este livro. Descobrir através da leitura como o amor pode ser bonito e muitas vezes ir contra todas as probabilidades.
Estes dois jovens completam-se de uma forma tão bonita que torna-se impossível não nos sentir-mos solidários com este amor. Desde cedo começamos a torcer pelos dois e a desejar que fiquem juntos apesar de todas as pedras que aparecem nos seus caminhos, dificultando-lhes a tarefa de ficarem juntos.
Apesar de muito jovens, depressa somos confrontados com a dura realidade que é a vida destes dois. Por um lado temos Madeline com a única realidade que conheceu e com um desejo enorme de viver além daquilo que conhece e Ollie com uma situação familiar um tanto complicada e delicada o que o obriga a tornar-se um adulto responsável sobre a sua família desde cedo.
Ollie foi como um recomeço na vida de Maddy e vice-versa. Juntos perceberam que mais vale viver pouco mas de forma feliz e livre, do que viver por um longo período de tempo limitando-se a seguir rotinas.
A escrita da autora é de facto muito simples e flúida, tornando-se acessível a um maior número de leitores, creio até que este livro se direcciona até mais a público mais jovem, mas depois de ver a mensagem que nos passa acho que pode e deve ser lido por qualquer pessoa. Os capítulos são curtos, mas fazem-nos querer sempre ler “só mais um” e depois ainda temos direito a umas ilustrações fofíssimas feitas pelo marido da autora e que nos mostram em determinados momentos como é que Madeline se sente ou o que pensa e, isso só tornou esta leitura ainda mais deliciosa, se é que isso é possível.
Com todos os ingredientes certos e mais alguns extras, Nicola Yoon soube exatamente como deixar o leitor passar por momentos muito disintos: alegria, nostalgia, raiva, empatia e tudo mais.
Quando iniciei esta leitura já tinha lido imensas opiniões que tinham dado conta do quão ingrato e inesperado era o final e bem, constatei isso mesmo. É daqueles murros no estômago que doem mesmo, não esperava aquilo. Se por um lado senti que a autora fez aquilo por ser a saída mais fácil da autora em busca do final que ela tinha idealizado desde o começo, por outro senti que acabou por fazer algum sentido dadas todas as circunstâncias.
Este é daqueles livros em que devemos revelar o mínimo possível e deixar que seja o leitor a descobrir por sua conta tudo o que esta história tem para lhe oferecer e é isso mesmo que quero fazer, limitar-me a falar apenas do essencial.
Leiam, leiam porque vão adorar e certamente que não se vão arrepender. Vão apaixonar-se e provavelmente andar a pensar neste livro um bom par de dias, à semelhança do que aconteceu comigo.
"Já li muitos, muitos livros que falam do que é um desgosto amoroso. Nenhum deles o descreveu como sendo pequeno. Devastador e destruidor, sim. Pequeno, não.
Pág: 96"
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Quem é que também já leu ou já o adicionou à sua wishlist?
Olá
ResponderEliminarÉ tão bom quando um livro tem este efeito em nós!
Se eu já tinha vontade de ler este livro, agora com este teu entusiasmo, tenho muito mais.
Beijinhos e boas leituras
Olá!
ResponderEliminarJá vi boas opiniões sobre este livro, mas ainda não tive oportunidade de o ler.
Não é bem o meu género de livro, mas se tiver puder vou tentar ler.
beijinhos e boas leituras